Anorexia e
bulimia aumentam entre crianças e adolescentes, dizem estudos internacionais.
Os distúrbios alimentares, como anorexia e
bulimia, já são a terceira doença crônica mais comum entre adolescentes, atrás
apenas da obesidade e da asma. Estudos de universidades internacionais preveem
que cerca de 2% da população sofra com esse tipo de problema, em mesma
proporção entre homens e mulheres até a puberdade, e depois, com predomínio
feminino, de 10 mulheres para um homem.
"O distúrbio geralmente se inicia na
adolescência e se desenvolve pela exposição do adolescente a constantes
situações de estresse. Não existe uma causa definida, mas sabe-se que existe
uma interação entre fatores genéticos, psicossociais e socioculturais",
diz o endocrinologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica / DASA, Dr.
Frederico Marchisotti. Segundo o especialista, adolescentes são influenciados
pelos colegas, pela mídia e pelo ambiente familiar no que tange a seus hábitos
alimentares.
A anorexia é causada pela limitação da
ingestão de alimentos devido à obsessão pela magreza e o medo patológico de
ganhar peso. "O anoréxico mantém um peso corporal abaixo do normal mínimo
para sua idade e altura e não acata a ideia de que está mais magro que o
normal", afirma o especialista. Já a bulimia é um distúrbio que tende a
apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria
das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo,
seguidos pelo sentimento de culpa, com a provocação de vômitos e ingestão de
purgantes e diuréticos. "Um mesmo paciente pode apresentar fases de
anorexia e fases de bulimia durante o transcorrer de sua doença", explica.
O reconhecimento da anorexia pode ser feito
através da observação de alguns comportamentos como o de reduzir a quantidade
da refeição, "pular" refeições, desprezar a comida por debaixo da
mesa, exercícios compulsivos, vômitos, medo exagerado de ganhar peso e baixa autoestima.
"A falta de menstruação nas meninas é também um sinal comum", fala o
endocrinologista. Já a queda da energia, baixo rendimento escolar e dificuldade
de realizar exercícios sinalizam para quadro um pouco mais avançado da doença.
Segundo Marchisotti, "o aspecto caquético do corpo é muitas vezes
mascarado pelo uso de roupas largas. Cabelos finos e sem brilho, fraqueza,
apatia e lentidão de raciocínio e movimentos também compõem o quadro".
Como consequência, devido à nutrição
inadequada, o adolescente com anorexia apresenta além do baixo peso,
deficiência de crescimento e atraso no desenvolvimento da puberdade. O arrastar
do quadro pode levar a um adulto baixo e com dificuldades de fertilidade. A
falta de cálcio nesta idade pode levar a osteoporose no futuro, visto ser nesta
época que os ossos adquirem seu pico de densidade mineral.
Fonte de Pesquisa: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=11984&cod_canal=33
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